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sexta-feira, 27 de setembro de 2024
É escola?
sábado, 10 de agosto de 2024
Pais
domingo, 4 de agosto de 2024
O dia em que ele virou sócio coloradinho!
Dia chuvoso, a gente cansado da viagem de Maringá... 1x1, ele mais triste do que eu, estava curtindo tirar um sarro da derrota palmeirense.
Meu coloradinho! Que haja muitos e muitos jogos pela frente!
🥰
sexta-feira, 12 de julho de 2024
Desvaneça, torne-se parte de mim
Apreenda o momento. Guarde numa caixinha. Tente escondê-lo num fundo que para sempre permanecerá. Use da linguagem, ela é o laço que precisa.
Então, perceba a caixinha se desfazendo em suas mãos. O laço desaparece. O sentimento desvanece no ar, some como orvalho ao amanhecer.
Esse fluxo de desvanecências formam, ao fim, esse fundo em que guardamos tudo. Nos sustentam, invisíveis partículas, delicadas e necessárias. Não somos nós quem as apreende, afinal. Elas nos envolvem, nos limitam, nos guiam como um corpo num rio.
Poesia.
Que transborde!
É difícil ser quem a gente quer ser. Existir é significar o mundo, significando nossa própria existência. A minha tem uma tantada de lacunas para preencher. Não que não estejam preenchidas, estão sempre. Mas, talvez, ser humano seja constantemente mexer nessa panela, mudar o recheio, melhorar o sabor do molho. Nunca pára. Nunca. Por isso, movo-me tanto, um peãozinho que gira freneticamente pelo mundo, buscando sinergias, preenchendo a mim mesmo com a presença do outro. Coloco minha mão no mundo, recebo o que ele me dá, dou em troca meu fazer. Sempre. Sempre.
Às vezes, a gente chega em quem quer ser. E tudo faz sentido, e todos os giros valem à pena. Tanto, tanto, que só queremos derramar no mundo.
🎶"felicidade brilha no ar,
como uma estrela que não está lá.
conto de fadas, história comum,
como se fosse uma gota d'água
descobrindo que é o mar azul."🎶
😁😁😁
quinta-feira, 4 de julho de 2024
Negritude
Ele desenhou uma "pessoa comum", segundo ele. Uma pessoa negra, sem face, pequena, sem chão, numa folha branca . Sem mundo. Ele entregou, e nenhuma provocação foi necessária. Ele me agradeceu pela aula. Mal sabe o quanto o agradecido sou eu.
quarta-feira, 12 de junho de 2024
Minha prece
Às vezes, cansamos. A alma se encasula num sofá quentinho, perde-se no barulho distante da rua e sente-se nos pés longínquo toque peludo da cachorrinha que se aninha perto deles. O corpo desfalece em flashes do dia, tudo aquilo que no dia valeu a humanidade que se tem, e nossa consciência adoça momentos de meio sono, ou é ela mesma adoçada por vozes e olhares e toques evanescentes que nos tocam num pátio de escola num dia de outono qualquer, crianças que riem dum lugar que adultos há muito esqueceram. Mais vezes do que esperamos, gostaríamos de adormecer no colo de nossos filhos, com suas mãos gorduchas e delicadas apalpando nossa face enquanto seus suspiros de sono pouco a pouco chegam na meia luz que nos envolve.
Às vezes cansamos, e a dor dos outros se torna tão nossa. E nossos ombros encolhem-se num silêncio onde nada os alcança. Às vezes parece que o mundo é grande demais para reles humanos, como se não fôssemos heróis que dão conta de tudo, como todo herói deveria fazer.
Nesse cansaço, nasce a poesia. Nesse cansaço, nasço poesia. Uma prece, então. Para que nunca se acabe o cansaço, e todos os toques de mundo nos acarinhe o coração.
"Pra você guardei o amor que sempre quis mostrar
O amor que vive em mim, vem visitar
Sorrir, vem colorir, solar
Vem esquentar e permitir"