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domingo, 12 de abril de 2009

Mãe, to indo pra aula!

A cinco anos, era março ou fevereiro, o primeiro dia. Mãe, to indo pra aula. Lembrei-me dos tempos do fundamental, férias boas são aquelas que acabam num reencontro. Eu não teria o Neri, o Thiago Baptista, o Fernando, o Giovani, o Ricardo, o André, o Alex... E aquela mocinha da 6ª D ou E, já não seria ela a chamar-me a atenção. O pátio iluminado do Vital Brasil, a fila para cantar o hino, as aulas da professora Dora ou do Arthur. A Cássia já não estaria ali, assim como a Michele, Mônica ou Valbiana – a primeira cartinha de amor que eu recebera na vida, aos doze anos (da qual, educadamente, desvincilhei-me). Não haveria mais treino de basquete, uniforme suado e ônibus no fim do dia, praticamente uma confraternização estudantil.

E o médio? Provavelmente, o confronto entre primeiro e segundo ano no intervalo pelo título de melhor time de basquete não se repetiria – para encarar o segundo ano juntamos os melhores de oito primeiros! Faltaria jogadores nessa nova fase. Ir para Uem depois da aula para tentar jogar com os caras “grandes”? Nem, a aula já seria, agora, na Uem, mas não haveria basquete. E eu faria parte desses caras. O Maicon fora para o Japão, o Rodrigo formou-se em informática, o Abidu na engenharia, o Carlinho virara Carlão (e a mesma tática de parar, fintar, chutar inclinando o corpo, errar... se bem que ele melhorou bastante). A quadra um do gastão, como constatei a pouco no estágio, fora substituída pela 2, o futsal tomou conta. Marias chuteiras subsitituiram as basqueteiras – sim, basquete dava, digamos, um certo status...

A cinco anos, num março ou fevereiro, no entanto, a mesma sensação de começo de ano tomou conta. Corredor cheio, gente nova tentando se conhecer, empolgação de criança. Escolha de lugares, garotos tentando ser homens (estamos na faculdade!), meninas, para variar, tentando ser mais que as outras. Será que a dinâmica da sonhada faculdade seria um “fundementalzão”? Pô, ali eu queria ser sério, ter pose de intelectual e finalmente mudar o mundo! Tá, dezoito anos é meio cedo e tals, mas me dissesse isso ali pra ver. Antes tivesse sido o fundamentalzão, concluo eu agora.

Bom, cinco anos, que poderiam ter sido quatro. Mas eu não estava pronto, simplesmente. Como podemos mudar e mudar, e quando achamos que já está tudo diferente, continuar mudando? Foi assim que aconteceu comigo. Eu mudei, não tanto quanto gostaria em algumas coisas, mais do que esperava em outras. Da promessa de aluno brilhante, tornei-me mediano. Por não aceitar ser mediano, cheguei à mediocridade. Quando aceitei ser mediano (e como isso demorou), comecei a voltar a ser o que sempre fui – alguém com potencial. Não pude lidar com um centro acadêmico, um trabalho e uma faculdade ao mesmo tempo – mea culpa, ninguém obrigou-me, né? Mas acaso não foi assim que aprendi a ser mortal? Meus pés tocaram o chão. Sim, mediano, assalariado, imaturo e em formação: rala, seu moço, que a vida passa sem licença minha ou tua. Para gênio do curso, me faltaram condições, externas e internas. Aprendi a lidar com isso, enfim. Forçar o que não somos é bobeira. Compensa trabalhar duro e deixar que aflore o que tiver que aflorar. Me dissessem isso a cinco anos...

Ou não! Me dissessem isso a cinco anos, eu nem ligaria. Precisei cair para achar o caminho. Temer Kant é o primeiro passo para adentrá-lo. Saber dos próprios limites é condição para superá-los. Sim, sim, essas frases são clichês, mas no final, verdadeiras. Entenda-se: o texto não tende para um final apoteótico, onde eu finalmente sou o rei do mundo e salvador da raça humana. Não sou hoje alguém que é o exemplo da virtude, protetor das criancinhas, membro do greenpeace, diretor de dce. Não participo da juventude do partido comunista e me abstive da castidade. Mas acho, que no fim das contas, sou uma pessoa melhor.

Agora a faculdade se foi, especializações a vista, dúvidas e sentimentos novos. Os amigos que foram feitos, ficam, como sempre ficaram os outros, o Neri, o Baptista, o Fernando... meu, quanta gente que passou! Quanta gente pra contar minha história, e para que eu conte sobre eles. Amizade é uma delicadeza gostosa de cultivar. A gente não precisa ser perfeito para isso, é só vivenciar o mundo, ser anônimo da grande massa, ter consigo mesmo uma relação íntima; e então criar laços.

De tudo, acho que tenho mais uma foto para mostrar aos filhos que terei, e aos filhos de meus filhos. Agora, é procurar a próxima paisagem, e continuar esta história. Ser humano, não me canso disso!



“não te dizer o que penso já é pensar em dizer”



Bom, dado o trato espontâneo do exposto abaixo, resolvi manter no texto. Quem é a dona de tamanha expressão de amor? Alguém que mexe no pc dos outros sem autorização! Hauiahiuahiauhiuahaiuha Melhor do que eu? tá que a nova geração nasce para superar a anterior, mas aí já é demais.... haiuhaiuhauiahiah



MARCO BOLA GRANDE BOLA QUE ROLA E ROLA E ROLA E ROLA E ROLA E ROLAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

BJUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU

DA SUA LINDA IRMÃ.

HISTÓRIA EMOCINANETE SNIF SNIF...BUÁAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAÁ

MEU IRMÃO PARECE O CHICO BENTO..OU MELHOR O CEBOLINHA COM AKELE CABELO ARREPIADO..QRENDO NAMORAR A MÔNICA rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrs

BOLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA JÁ FORMADO AGORA É BOLA DE VEZ..BOLA QUE FAZ FILOSOFIA..BOLA QUE PENSA..

PARABÉNS...MAS TENHO QUE ADMITIR EU SOU MELHOR..DO QUE VC BOLAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

2 comentários:

Rudah A. L. disse...

Cara, as pessoas crescem!
Pelo menos fisicamente...

Marco Fabretti disse...

haiuhiuhahauaha

falastes que não iria comentar, só via agora...

e sim, crescem. Mas chega de marasmo, vivemos, e o importante é o agora.

Abraço meu caro