Apreenda o momento. Guarde numa caixinha. Tente escondê-lo num fundo que para sempre permanecerá. Use da linguagem, ela é o laço que precisa.
Então, perceba a caixinha se desfazendo em suas mãos. O laço desaparece. O sentimento desvanece no ar, some como orvalho ao amanhecer.
Esse fluxo de desvanecências formam, ao fim, esse fundo em que guardamos tudo. Nos sustentam, invisíveis partículas, delicadas e necessárias. Não somos nós quem as apreende, afinal. Elas nos envolvem, nos limitam, nos guiam como um corpo num rio.
Poesia.
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