Empurra a pedra, pedra que pára o tempo,
teu músculo retraído pode mesmo com ela?
Como pode essa pedra parar o tempo assim?
Suporta o peso do mundo,
dos mundos que te deram para levar nas costas, nos braços, onde der.
Leva o peso que você mesmo escolheu.
Mas teu corpo agüenta?
Onde teus pés pisam, se os prende força maior, o que pode ser feito?
Se te arcam a cabeça, quem é você para olhar pra cima?
Se vem rio correnteza, nadará da foz à nascente?
é um rio, e correnteza, meça bem tuas possibilidades:
a água não vai parar porque você não pode com ela.
Será que teu corpo pode parar o tempo, retroceder o relógio, amar o ínfimo átomo?
Será que o tempo pode ser parado?
O quanto de mim é preciso? Corpo, alma, vida. Um só, e as mãos.
Mas são tão poucas, as mãos.
Entrega, treino, dor. Silêncio, concentração, paz.
Respiração.
O vento fez com que ele sentisse. A chuva o adormeceu.
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