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segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Força

Empurra a pedra, pedra que pára o tempo,

teu músculo retraído pode mesmo com ela?

Como pode essa pedra parar o tempo assim?

Suporta o peso do mundo,

dos mundos que te deram para levar nas costas, nos braços, onde der.

Leva o peso que você mesmo escolheu.

Mas teu corpo agüenta?

Onde teus pés pisam, se os prende força maior, o que pode ser feito?

Se te arcam a cabeça, quem é você para olhar pra cima?

Se vem rio correnteza, nadará da foz à nascente?

é um rio, e correnteza, meça bem tuas possibilidades:

a água não vai parar porque você não pode com ela.

Será que teu corpo pode parar o tempo, retroceder o relógio, amar o ínfimo átomo?

Será que o tempo pode ser parado?

O quanto de mim é preciso? Corpo, alma, vida. Um só, e as mãos.

Mas são tão poucas, as mãos.

Entrega, treino, dor. Silêncio, concentração, paz.

Respiração.

O vento fez com que ele sentisse. A chuva o adormeceu.

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