Tua ânsia por boçais encantados me comove. Você realmente precisa de um deles não é?
Tua vida não poderá ter rotinas, tua voz não poderá falar mais alto e a perfeição se fará presente nos desafios do dia a dia. Ok. Vá à merda com tuas idéias, concedo-lhe tal direito em comum acordo com teus preceitos. Porque é o único lugar em que pode chegar: na merda, e espero que não saia tão rápido.
Eu geralmente sou sensato e admito idas e vindas de uma maneira decente. Mas isso não acontecerá nesse caso...
É falta de senso. Não te peço para estar aqui, porque você deveria saber que deveria, e o caminho à tua casa é o mesmo que à minha. Não gosta de ficar presa? Não pode é assumir algo, não pode doar-se. Por isso à merda, que meu tempo para com pessoas como você acabou a partir de hoje.
É falta de senso. Não te peço para estar aqui, porque você deveria saber que deveria, e o caminho à tua casa é o mesmo que à minha. Não gosta de ficar presa? Não pode é assumir algo, não pode doar-se. Por isso à merda, que meu tempo para com pessoas como você acabou a partir de hoje.
É justo buscar a felicidade, assumo. É justo relativizar o que se sente, somos humanos. É justo nos parecermos com nossos pais, eles são em nós.
O que não é justo é jogar tudo isto em mim e esperar que eu atenda; o que não é justo é ver em mim o que não sou; o que não é justo é dizer te amo sem ter noção do que se fala, fechar o portão e ir embora. Porque amar se resume em compreensão, e desta os laços se concretizam; e amar minhas sombras me deixando de lado é a mais pura maldade. Por isso a partir de hoje não te amo: não buscarei mais compreender-te. Não é dramaticidade, é “reconstrução metodológica”; o faço simplesmente para ser uma pessoa mais feliz. De qualquer forma, faz quanto tempo que deixei de te compreender não é?
Não, na verdade sempre te compreendi mais do que você mesma. Mas isso deixa de importar agora, exatamente no momento em que me escolho. Não é justo te exigir? Ora, também sou humano e meu lado generoso é só um dos lados; não fui eu, no entanto, quem ofereceu um beijo, e não fui eu também quem o retirou.
Quando essa angústia passar desejarei do fundo da alma que seja feliz. Sempre o desejei, desde uma noite numa catedral. Até lá, vá à merda.
Eis que escrevo em 2007. E ainda há verdade nestas palavras. Nestas horas vejo que, apesar da dor, a mim cabe somente a mim mesmo. Quando retorno aos meus princípios, nem Carla nem Suzana podem me abalar, se me permitem a lincença poética. Há coisas que permanecem. Sempre as há.
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