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sexta-feira, 19 de março de 2010

A bailarina

Boca rósea, pele alva. Mas e teus olhos, de que cor são? Pergunta injusta, diria o poeta. Das injustiças que só os poetas podem contar. Mas ora, sina assim, de contar olhos e olhares, quem no mundo não quereria? Tarefa doce, que mais doce fica quando lhes acompanham um sorriso? Ah, por olhos assim (e bocas, não as esqueçamos), se batalharia em dias de frio. Entremeio palavras, espero que me venha aquela dos olhos, esse olho sorrateiro que me mira sorrindo. De que cor são teus olhos? Afinal, sorrateiro não é cor...Mudemos a pergunta: o que esconde estes teus olhos? Qual a senha para tua alma? Por quão longe poderia ir, para enfim me dizer qual a cor que procuro? Seria como pintar um quadro, e procurar a única cor possível para o momento, como se outra nunca houvera existido. Seria como canção que embala o mais profundo sonho, num tempo que flui esquecendo de si mesmo. Seria o corpo da moça que dança, simples, única, toda para si, e para todos. E como dizer tudo isso? Por isso é ingrata a vida do poeta. É dizer o indizível, cantar para o silêncio, sussurrar para a multidão. É coisa que vem no vento, no perfume, no sorriso. É ir longe demais. Demasiadamente longe. Lá no ponto onde teus olhos, finalmente, me diriam sobre você.

A um sorriso que se omite no véu...

2 comentários:

Unknown disse...

Nussaaaaaaaaaaaa....
não acredito que vc posto o texto que fez pra minha pessoa.

mais uma vez só tenho que te agradecer =)

muito sucesso e felicidade na sua nova jornada, eu sei que vai ser de sucesso.

um bjoo

Stephanye S. Tagua/ Belly Dancer

Marco Fabretti disse...

magina... mas que fico bonitin fico, fla sério ein... hehe

bjokas