Ai ai, mulheres às vezes são tão previsíveis... chega a ser chato. O futuro a cada um pertence, não preciso ser fotinha no quadro de ninguém. E deixemos de lado, que as coisas importantes me veem à cabeça independentemente de picuinhas messengerianas. Um trabalho pro colóquio sobre liberdade de indiferença e liberdade enquanto determinação da razão sobre a vontade, um trabalho sobre a dedução metafísica, melhorar meu nível de inglês, ajeitar o apezinho pra dar uma cara de casa, cultivar meus pensamentos com bons livros e boa música, voltar a treinar kendo, buscar a moralidade como algo de fato a se encontrar no campo prático, entender meus sentimentos religiosos, aproveitar a bolsa enquanto não começo a dar aulas, fazer uma boa dissertação que me encaminhe a um doutorado; curtir um pouco da cidade baixa, um pouco do gasômetro, um pouco dos cinemas e teatros, ir à orquestra sinfônica às terças e descobrir como parar de manchar minhas calças jeans quando as lavo. E depois de tudo isso pensar se a pequena notável de maringá é alguém a se considerar a sério ou só devaneios de um pensamento boêmio, e se há algo de mim em concórdia que valha a pena a caminhada, além de ótimas lembranças dum fogão a lenha.
Ainda tenho a médio prazo que conhecer a cidade do pedro, do magnom, da denisinha, do djonathan e do ântonio, além de buenos aires e montevidéo, já que to pertinho - sem contar que o cris estará em paris, oras pois, e o thiaguinho já tá contando os juros da visita. Ainda a médio prazo, proverei meus pais de netos que possam correr pelo quintal da minha casa e comer o bolo de banana da mãe e os pães do pai, gritando vô e vó como crianças mimadas que provavelmente serão quando na presença dos avós paternos; serei padrinho de casamento de um certo postulante a embaixador e, para o bem financeiro meu, quiçá padrinho de um de seus filhos, e porque não de um dos filhos de um juiz de direito com o qual passei boa parte da minha infância. Preciso ainda presentear meus futuros sobrinhos com camisas do verde, e levá-los comigo ao palestra itália, além de ter a certeza que minhas caçulas estarão com a pessoa certa ao lado. No mais, pelos meus cinquenta gostaria muito de ter já aprendido a lidar com a perda de quem amo, e poder contribuir com alguma coisa para as gerações futuras, ainda que meu talento filosófico seja demasiadamente pequeno. Pequeno que seja, aos meus velhos quero que possam chamar seu filho de mestre e doutor, pois é o mínimo que devo pelos sacrifícios que fizeram para que eu esteja aqui.
Meu itinerário, parece-me, é meio longo. E pode também desviar-se, confesso. Mas independente disso, acho que é suficientemente sério para que pequenices como relacionamentos utópicos, constrangimentos virtuais, preguicites agudas devido ao colchão novo, vergonha por estar num seminário onde ninguém fala minha língua materna e acidentes assim me tirem do eixo. Gostaria de terminar minha vida como as pessoas que admiro, quem sabe como um senhor de cabeça branca e olhos azuis que contou para os netos histórias de como viveu, e nisto todo seu valor. Me desculpem, pequenos acidentes de minha vida. Por vocês, eu passo por cima.
2 comentários:
É bom incluir os planos antigos nos planos novos mesmo em!!ahahah
Rancho e chácara estão esperando... meu pai fez uma churrasqueira de chão na chácara..agora vai ser possivel o Rudah mostrar os seus dotes gaúchos, apenas no churrasco!ahaha
É isso ai Marcaum..as coisas pequenas passamos por cima.. só mantemos o que é importante!
abraços!
ai ai ai! churrasqueira de chão numa chácara com amigos, sol e cerva... to subindo amanhã, nem q for de carona, hehehe...
mas sei não o rudah ein, toda vez que fala em churrasco o homi disconversa, :)
valeu meu! fim de julho vo pra campinas, se pá rola na volta uma passada em dc... tá que vai ta frio, mas mais do que aqui eu duvido, hehe...
abraços!
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