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quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Andanças

Nessas andanças e desandanças,
pernas cruzadas ou nuas -
meia nudez que lhe serve -
me perdem o tempo que deixo perder.
é tempo bobo,
tempo de não pensar.

É tempo de casulo
que anda e desanda e fica no mesmo lugar.
Tempo de lembrar - sempre é tempo,
os seres humanos lembram demais, Deus meu.

Se me perco no tempo,
o tempo um dia me acha.
mas não me perco em lembranças,
isso não!
sinto quente demais, forte demais, constante demais,
isso não é lembrança,
tá mais pra sentimento vivo.


O que fazer, se já a poesia não diz o que quero dizer?
Espero, sem mais desandar.
Só ando, em direção a algo maior do que eu.

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