Umm... mexer em papéis velhos, ainda que digitais, dá nisso: a certeza de que falamos geralmente mais do que o necessário. Mas ainda sim, há tanta verdade aí... é engraçado falar de mim mesmo me analisando no passado. Ah Marco, mas cadê estes momentos do agora? Cadê os textos novos? Estou eu, afundando em textos e mais textos que não são meus, preparando aulas que não são inteiramente minhas. Meus textos ficam pra uma outra hora, talvez. Isso ae embaixo soa piegas, devia ser começo de algum blog ou perfil de orkut - relaxem, to vacinado, facebook agora só cita Guimarães Rosa. Ah, e para registros: eu nunca subi numa baleia.
Sou um tanto quanto piedoso, e eis que começo... não tenho grande senso de humor, as piadas se extinguem no meio para mim. Percebo todo um discurso em 2 ou 3 palavras de alguém, e geralmente então contraponho algo - alguns têm como falta de educação, mas eu não considero assim. Minhas intuições geralmente são acertadas, o que não quer dizer que eu dê ouvidos a elas.
Amo a pouquíssimas pessoas - e o sei pois nada decido sobre este ponto. Me apaixono tão facilmente quanto o contrário - e neste ponto sou um déspota.
À espera de todas as fraquezas minhas, a certeza de um novo dia sempre, e que ser livre não é tão bom ainda.
Vivo das lembranças que guardo e dos sonhos que cultivo. Mas não se enganem: eles o são no presente, e só esse é maleável. Adoro a certeza de ser - parece tão necessária... é, há algumas coisas que, independentemente do mundo, me farão, e nessa crença fico feliz.
Sou aquele que não entende a vida, pergunta o porquê das coisas, sobe em pé de manga e jabuticaba, adora causos de seu avô, joga basquete na quadra da uem, alega-se como integrante da Santíssima Trindade, raxa o bico do Ed Baratão e é amigo do Marcelo. Faço parte do grupo daqueles que odeiam utopias, mas acreditam num mundo melhor; dos insatisfeitos com os maus governantes e com aqueles que os causam; dos que montariam numa baleia para que não a matem num navio pesqueiro qualquer. Sou alguém que jamais esquecerá a ternura de uma menina ou o egoísmo apaixonante de outra, ou ainda a materialidade do amor se fazendo presente numa terceira.
Sou, e agora escrevo por vontade e com a veracidade devida. Bem vindos.
Um comentário:
Foi um dos melhores textos seus que eu ja li
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