Pesquisar este blog

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Dia do professor

Bom, nem vou continuar o texto abaixo sobre este dia... mas achei uma citação que gostei bastante, e passo aqui como uma forma de homenagem a todos as pessoas que exercem a profissão. Mais do que isso, aos meus mestres, aqueles que me fizeram o que sou e que, não por acaso, me veem vivos na memória muitas vezes neste momento pelo qual passo. Sei que eles nem lerão este blog, sei que provavelmente serei injusto ao não citar tantos outros que se doaram da mesma forma. Mas vá lá, sempre a arbitrariedade oriunda da posse do blog é que me salva nestas horas. Seus nomes, significados para mim e, por fim, a tal da citação:


Professora Luzia: aquela que pegou a criança mais encapetada que conheci, mimado e mal educado, que se jogava no meio de lojas ou no meio da rua
e que fugia da escolinha no maior estilo james bond, e transformou em alguém que focava toda a energia nos estudos, ensinando que isso gera um reconhecimento melhor do que ser uma peste. Foi minha professora de primeira série. Fui o melhor aluno da turma até a oitava série depois disso.


Professora Dora: me ensinou que com foco, trabalho e ambição, se lidera. Liderar um grupo traz responsabilidades. Ao líder cabe o papel de ser a formiga mais esforçada, o cara que dá duro pelos outros, aquele quando a coisa vai mal chama pra si a responsa, e quando vai bem divide os méritos. Foi a professora que me deu a maior dura, uma que realmente me abalou: quando você tem potencial e as pessoas acreditam em você, há que se saber respeitar a si próprio. Indolência é só algo a mais que deve ser superado.

Professor Arthur: esse é meu mestre. Simples. Em uma aula, fez a pior turma do colégio querer avidamente... estudar! E naquele ano, esse professor substituto de história, cabeça branca e voz alta, sorriso no rosto - é assim que me lembro - me deu sessões semanais de como ser um professor no sentido mais estrito da palavra. Se sou professor hoje ele é, necessariamente, uma das causas. Para ficar num  causo só: nunca que um professor chega na aula e pergunta seriamente: "quem aí quer dar aula sobre o tema? inscrições abertas!". Eu dei. Com treze anos. E ele ainda achou graça quando o mandei fazer tarefa.

Professora Andrea: um, dado que ela talvez leia isso, é bom tomar cuidado com as palavras, hehe. Mas não há como me omitir quando falo sobre alguém que mais do que qualquer outro professor me fez ver a filosofia como algo vivo. E vejam só, não qualquer filosofia, mas a de Kant, essa coisa que só de ouvir falar no segundo ano me levava à certeza de estar no curso errado. É necessária paixão para ler um texto; é necessário rigor também. E mais do que isso, humildade: explicar, reexplicar, e de novo, e de novo, sem distinção de aluno ou de pergunta. Pois quando se divide algo de que se gosta, quer-se que os outros gostem também - e povo, não sabem a diferença que esta posição gera numa sala de universidade. Além de tudo, botou uma fé em mim quando nem mesmo eu a tinha. Fez toda diferença.


Bom, é isso aí... a citação era mais ou menos assim:

"Na procura pelo conhecimento, o primeiro passo é silenciar; o segundo, ouvir; o terceiro, relembrar; o quarto, praticar; e o quinto: ensinar aos outro."     :p

Nenhum comentário: