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domingo, 3 de outubro de 2010

El milagro brasileno

 Não votei na Dilma, e espero que dê segundo turno. Não dando, vai ela mesmo, fazer o quê. Espero que banque uma reforma política, uma tributária, uma previdênciária, coisas que Lula, com oitenta por cento de aprovação, não pôde fazer. "Independência do Congresso" - disse sempre quando indagado. Independente sim, mas do bom ofício legislativo. Por que leis como a da ficha suja teriam que necessariamente parar no STF? Por que são mal feitas. Enfim, não sei também se caso o presidente tivesse a cara para bancar reformas que os tucanos bancaram, mesmo em pior momento da vida econômica do país, haveria tanta popularidade e apoio congressual. Vide o grande Ricardo Barros, de oposição à vice-líder do governo, de vice-líder a candidato ao Senado pela oposição. Claro que não tenho embasamento maior para falar sobre, mas defenderia uma tese de que, mantendo os congressistas felizes com bons cargos e verbas, e a população pobre com sua primeira conta bancária e a possibilidades antes irreais de consumo, Lula poderia sim ter bancado uma reforma tributária, por exemplo. Bom, apesar dos pesares, eis um texto do El País escrito para o dia em que Lula deixa simbolicamente o poder - aliás, há uma série no jornal espanhol, recomendo todos. Na sequência, uma pequena reportagem sobre a saída de Lula no Le monde. Assim que parte do mundo nos vê, gostemos ou não:

El país

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