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quinta-feira, 2 de maio de 2024

Verde, o mar: a sereia e o marinheiro

Enternecido coração
aos olhos verdes do mar,
a sereia que encanta Lua
sussurra em seu cantar
"marinheiro, não vá longe, 
é perto o meu morar!
se ficas nada prometo, 
se vais, não podes voltar".
Coração do marinheiro 
se bota a balançar, 
não sabe se pelo canto
ou pelo barco a navegar. 
A sina de marinheiro
é vontade de atracar,
estando em terra distante,
deseja o que não há. 
Mas quando atraca o marujo
e seus causos passa a contar, 
não demora, sente no peito
o sol e vento a  chamar. 
Não se sabe se a sereia 
é daqui ou acolá, 
pois conta suas histórias
dum modo de não lembrar. 
Incautos talvez duvidem
"é o velho a imaginar!", 
mesmo o velho talvez não saiba
se é sereia ou o luar
que toca seu coração 
quando se põe a cantar 
nas noites mais solitárias, 
estrelas a escutar, 
perdido na imensidão, 
ele e esse coração, 
fazem do mar o seu lar. 






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