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quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Discurso

Boa noite a todos. Primeiramente, gostaria de agradecer a presença de cada um de vocês. Familiares, professores, amigos: é uma honra para nós, formandos, recebê-los. E aproveitando as atenções voltadas, eu gostaria de agradecer, em público, à Liliam e à Nathália, sem as quais esta festa não estaria acontecendo. Muito obrigado.

Bom, eu estive pensando por algum tempo no que nós poderíamos dizer a nossos familiares num momento como este. Confesso que a responsabilidade é grande, não só por mim, mas por cada formando que aqui represento. Busquei então escrever estas palavras de forma que exprimissem, ainda que concisamente, o que estamos sentindo agora.

E não há como voz dizer o que sentimos agora sem dizer que não sentimos sozinhos. O que sentimos agora é, no mínimo, um sentimento coletivo que compartilhamos com todos aqueles que amamos. Alegria, superação, projetos cumpridos, projetos que surgem de agora em diante. Ansiedade... e por que não, felicidade. Há um misto de emoções que nos persegue desde a última nota lançada, e que parece não ter fim. Eu tenho certeza que boa parte dessas emoções, meus caros formandos, não se resume, de maneira alguma, somente a nós.

Eu não poderia descrever a vocês, por mais que tentasse, o que é um abraço orgulhoso de pai, ou abraço de mãe, nos parabenizando pelo término deste ciclo de estudos, que com tantos percalços passamos. Eu não poderia, eu não ousaria descrever a vocês, o que é confidenciar à pessoa amada, aquela que a gente quer pelo resto da vida ao nosso lado, como foi bom tudo que vivemos neste período. Eu não incorreria na injustiça de dizer quão melhor foi o aperto de mão deste ou daquele irmão, ou o beijo dado pela irmã, seja a ruiva, seja a morena.

Eu só posso vos dizer que todos estes sentimentos são únicos, e que esta exclusividade vem do fato de não nascerem agora. Estes sentimentos nasceram, e foram cultivados, por aqueles que nos rodeiam, no dia a dia de cada um. Quem sou eu aqui para vos apontar a essência das relações humanas? Ninguém... Mas posso afirmar, sem remorso algum, a riqueza de cada momento vivenciado ao lado das pessoas às quais devotamos nosso tempo, e para quem somos objetos de devoção. Será que amar poderia ser melhor definido? Eu acredito que é por estes momentos que todos vivamos, no fim das contas. Uma crença, por certo... mas quem não tem?

Quiçá haja um Deus, mas que não seja necessário um céu além vida. Cultivemos nossos laços aqui, imperfeitos que sejamos, os melhores possíveis. Para aqueles que nos permitem cultivar laços, e que porventura acabamos chamando por família, eu, em nome de todos os formandos, agradeço. Muito obrigado por estarem aqui hoje. Mas acima de tudo, muito obrigado por chegarem conosco até aqui. Eu agradeço a atenção.

Tudo muito bom. Não há muito mais do que isso para dizer. :D

3 comentários:

Anônimo disse...

Vivaaaaaa!!! Parabénssss!!!! :DDD
Se eu ver você na colação hoje, te darei parabéns pessoalmente. :]

Liliam disse...

Vc é o cara!
Não chorei durante seu discurso, mas chorei muito lendo-o calmamente agora, em casa.
Obrigado por aguentar todos estes anos minhas tolas interrupções, minhas chatices e, claro, minha crença.
Sem seus intermináveis questinamentos algumas aulas, com toda certeza, teriam sido difíceis de suportar.
Vale mesmo, Marco Aurélio. Vc merece ser muito feliz.

Marco Fabretti disse...

:)

Eu só posso agradecer. Nós nunca saímos intactos quando convivemos c alguém. Eu me sinto bem por ter convivido estes anos contigo. E qto ao ser feliz, merecemos todos.

:)