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domingo, 18 de janeiro de 2009

Passarin

Uma guria ao sul. Um fim de semana intenso. Intenso demais, transbordei até. Agora o rio vai voltando ao seu leito, trazendo consigo toda a enchente. É assim a vida: não cabe num leito de rio – é mais ampla, planície toda, e além. A guria ao sul, esta guria! Me transbordou – vida fora do leito. Certezas? Poucas. Dúvidas? Poucas também. Só eu, inundado que seja, desinundando.
Ah guria, como gosto d’ocê! Saudade não mata, aproxima. Te amo? Sim, por modos e desmodos, odes e folclores. Mas nada que machuque: guria branca, rosa, bochecha feita pra beijo. Deixa estar, guria. Não preciso te idealizar para tocar tuas mãos. Uma ode aqui, outra ali: nada substitui a presença. Mas que presença? Ah, do avião que aí não pousa, do trem que por aqui não passa, não posso reclamar: há ainda você, e meia dúzia de linhas de ônibus, e bons cd’s de blues para se ouvir viajando.
E há, como sempre, motivos. Eu, apaixonado? Como não ficar? Mas é coisa minha, pequena. Transbordado, todo. Passarin que se apluma... fica mais bonito, como não? Mas se achegue, meu xodó, deixe estar. Que agora to transbordado – meu leito no fim ficou mais fundo, constato. E perdoa a linguagem, coisa minha também, que não imponho, mas também não nego. Ela clareia com o tempo, há de se ver.

Passarin... meu mundo por um sorriso teu.


oxalá encarnasse logo guimarães!

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