Há verdade nos olhares e na falta deles. Há sempre verdade nos olhares, ainda que se desviem (eis as piores).
Há os olhares que se desviam por negar o espelho. Há quem siga os espelhos de outros. Há aqueles que em seu olhar resplandece opaca a manada. E nestes olhares também há verdade.
Há verdade na busca e em sua dor, que gera vozes e silêncios.
Onde há mais verdade? Na mentira contada verdadeiramente ou na verdade omitida mentirosamente?
Há verdade em cada ser que se debate com sua própria existência sem motivo e na agitação centrífuga que geram no lago.
Há verdade, infelizmente, nos olhares que percebem motivos onde não se tem. Onde a construção de um sentido se forja pela aceitação, não pela dor da procura.
Bom, no fim é tudo construção, dos gênios aos medíocres. Há verdades em todos eles.
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