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terça-feira, 16 de novembro de 2010

Sacal

Nós nunca ouviremos falar dos estudantes indonésios. Eles tem uma camisa rosada e um calção vermelho, vão à aula em meio a cinzas e medo. Nós não saberemos o que eles passarão depois do vulcão. Assim como passou nossa comoção pelos tsunamis na Ásia, furacões no Caribe e desmoronamentos num morro qualquer do Brasil.

Nós assistimos o mundo pela tevê. Choramos, rimos, pensamos em medidas bem dosadas. Assistimos o mundo pela internet. Somos telespectadores tão informados que enjoa, sem empatia alguma pelos filmes da vida real que nos passam. Repito, nós nunca conheceremos os estudantes indonésios. Nem as crianças palestinas. 

Falta sentimento, falta amor. Falta o heróico, aquilo que dói, o que nos coloca em confronto com Deus. Mesmo em nosso dia a dia, é a mesma ladainha de auto afirmação para ganharmos dinheiro e pagarmos por sexo, de várias formas. Ficarmos bem alimentados, como mamãe gosta. E surtamos em paranóias pós adolescentes dos bem alimentados, bem empregados, bem casados, bem conhecidos e bem encaminhados.

Nossa vida, em suma, é um saco.

2 comentários:

Tomazini disse...

e VIVA O SEXO PAGO!!! kkkkkkkkkkkkkk

Marco Fabretti disse...

praga!

hauhaiuhaiuhaiuha