Mal educados. Extremamente mal educados. Não há o que se dizer além disso. Como uma manada, fazem a merda em grupo: professor, nós não conseguimos copiar ainda. Mais cinco minutos, e a mesma coisa. Mais cinco, e a mesma coisa. E a conversa rolando solta. Quando passo por ditado, o comportamento teatral deles beira o ridículo: “dita de novo!” – depois da terceira vez repetida a dita cuja. E até então eu levando. Mas chega uma hora que não dá. A palhaçada vai até onde eu deixar, deu pra ver bem isso hoje.
Mas se esse tipo de postura me incomodou ano passado e fez com que eu quase abandonasse a docência, este ano o negócio vai ser diferente. Estar em sala de aula e ensinar filosofia é meu ganha pão, é algo que me preparei pra fazer e algo que acho importante para a formação dos alunos, portanto dou o melhor de mim no processo. Tem falhas, claro. Mas vai melhorando. E não será aluno mal educado, sem pai ou mãe para ensinar como se portar em sala de aula, que vai atrapalhar meu trabalho. Hoje saíram quatro da sala e só entrarão com os pais na escola. E se não quiserem estudar, atrapalhar é que não vão. Até porque há sempre um grupo de bons alunos prejudicados nesse bolo, e é por eles que guio o trabalho.
Confesso que não gosto de lidar com jovens de 14 anos ou mais como crianças, eles não são. Sabem muito bem o que é certo e errado e se fazem o errado é por opção. Mas quando a confiança se vai, mermão, já era. E dessa vez, não será um bando de moleques que vai me fazer pensar sobre ser professor ou não. A fase de iniciante assustado já passou. E a escola não é um circo, é um lugar para se aprender. Molecada mal educada...
Um comentário:
É isso ae Marcão, sempre admirei professores de pulso firme. Não se preocupe, quanto mais uns irão te odiar por suas atitudes enérgicas, mais voce será respeitado e admirado por muitos outros.
Postar um comentário