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quinta-feira, 8 de março de 2012

Danuta



Ela sorri, com sua blusa branca, e encanta meu dia e noite. Ela sorri, e por trás do sorriso claridade. Ela sorri, e sua voz terna é meu melhor remédio. Ela sorri, mesmo quando chora, porque os fardos fazem do sorriso maior valor. Ela sorri ao meu lado, e do outro lado da linha, e de quantos forem os lados que são possíveis no mundo. Ela sorri, e a única coisa que me cabe é deixar ser assim, num sorriso de longos tempos. 

Se compreensão é chave, o sorriso é a porta a ser aberta. Ele invade os momentos e os faz perdurarem, torna cúmplices os que não são, absolutos os surdos de coração. Ah, sorrindo assim você me enlaçaria mesmo em outro mundo - e há justiça nisto, impor a outrem passionalidades diversas? Passei pelo tórrido verão da juventude apaixonado, tornei casulo no inverno branco cinza que se seguiu. Mas o branco é o branco de sua blusa, e do cinza seu sorriso me despertou. A primavera, consigo ao meu lado,  é agora. 


Ser humano se forja na dor. E a forja, se boa, reluz ao Sol... como um sorriso.

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