Oficina para a molecada do Pasqua... jeito bão de sair da rotina de sala de aula :p .... ah, e Porta Curtas puta site!
Afinal,
o que é CULTURA?
Cultura é conjunto de ideias, comportamentos, símbolos e práticas sociais e artificiais aprendidas de geração em geração por meio do convívio em sociedade.
Exemplos de artefatos culturais em nosso dia a dia:
estudar trabalhar ir ao cinema morar com os pais por muito tempo capitalismo socialismo liberalismo cristianismo umbanda sertanejo funk ter um cão ao invés de um jacaré o errado sair com os amigos matar aula cantar dançar namorar comer bem andar vestido andar pelado beijar em público o certo se vestir do jeito que gosta o bonito o feio o legal o frau
E o que é cultura marginal?
Sempre que falamos em cultura, temos alguns traços que
se destacam por pertencerem a um grande número de pessoas. Por exemplo: o
número de pessoas que dormem pela noite e trabalham pelo dia é maior do que o
número daqueles que dormem durante o dia e trabalham durante a noite. Mas o que
impede de ser diferente? Nada, na verdade. São convenções que vão se
estabelecendo, e as pessoas vão se adequando a elas ou não. Nesse exemplo,
seria correto dizer que há um valor cultural dominante que estabelece que devemos trabalhar pelo dia.
Outro exemplo: ainda é um valor cultural dominante que
homens e mulheres devem namorar pessoas do sexo oposto. Mas será que sair deste
valor cultural dominante é errado? Não necessariamente. As noções do que é o
CERTO e o que é ERRADO são construções culturais, podem mudar com o tempo e com
o contexto.
Justamente quando saímos dos valores culturais
dominantes é que encontramos os aspectos marginais da cultura, aqueles valores
ou práticas que não são seguidos pela maioria das pessoas. Andar de skate de
cabeça para baixo, optar por não ter filhos, não comer carne nas refeições,
torcer para a Argentina no lugar do Brasil.... são exemplos de valores e
práticas de minorias, que contrariam o que os valores dominantes propõem.
O que nossos filmes querem mostrar?
Os filmes escolhidos querem mostrar hábitos, práticas,
valores e comportamentos diferentes daqueles que vemos no nosso dia a dia, que
fogem da cultura dominante. Cada curta metragem (filme curtinho) a seguir
enfoca algo em específico que não está presente em nosso dia a dia. Resumindo
um pouquinho da cada um:
Por longos dias
Uma visão
poética do Movimento dos Sem Terra com texto de José Saramago.
Para pensar:
- Todos tem o mesmo direito de trabalhar na terra para sobreviver?
- Quem disse, lá no começo do começo do mundo, que esta terra pertence a João e aquela terra pertence a José?
- Por que nos dizemos donos das coisas?
- Será que a justiça é justa?
- Por que uns tem mais direitos, e outros tem mais deveres?
Tarabatara:
"Por que é que eu nunca morei definitivamente num setor
só? Porque eu me sinto mal. Me sinto mal com o ar de um lugar só".
Tarabatara é um chamado ao cotidiano e aos encantos de uma família cigana do
sertão de Alagoas. O documentário apreende momentos de um período de pausa no
nomadismo desses ciganos. Na figura do mais velho e suas memórias, nas mulheres
e crianças do grupo, com suas falas e gestos, com seus olhares e afazeres.
Para pensar:
- Eles vivem
do mesmo jeito que a gente?
- Como será
morar em um acampamento?
- Seria bom ou
ruim viver sempre viajando? E mudando sempre de escola?
- Quantos
lugares novos eles conhecem todo ano?
Príara Jõ. Depois do ovo, a
guerra:
Pequenos
índios Panará tiram um dia para brincar, como qualquer criança. Mas a
brincadeira é bem específica: guerrear (de mentirinha) com outra tribo,
pintando os corpos, fazendo as armas e montando um acampamento.
Para pensar:
- Eles
brincam como a gente? No que é diferente?
- Por que
será que eles brincam de guerra contra uma tribo vizinha?
- É normal
pintarmos o corpo e cortamos os cabelos para guerrear?
- E o que
fazemos com o corpo dos mortos em nossas guerras? O que eles fazem com os
mortos deles?
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