Ela era baixinha e se vestia estranho. Eu, novo no colégio, com cara de mais velho. Um dia me disseram que ela estava afim de me conhecer, e disseram a ela o mesmo sobre mim. Numa noite dessas, ela se aninhou em meus braços, depois de muitos e muitos olhares, palavras e silêncios. Ouvi seu coração e senti seus cachos sobre minha face. Preencheu-me a alma e as loucuras do mundo se esvaíram. A poesia brotou desvelando o indescritível que até então se escondera. Ela, aninhada, me permitiu voar.
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