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sexta-feira, 12 de junho de 2020

Natasha

Diários de facebook, 12/06/2018

No meio de uma tarde pesada, com tiros no entorno da escola, o que me salva a alma sempre são elas, as crianças.

"O nome dele eh marco aurelio", cochicha do lado de fora da sala crente que o vidro fechado lhe dá privacidade, e aponta para mim.

Em meio a risadas de curiosidade sobre esse ser grande que leva as amiguinhas para jantar sem muita explicação e que agora eh alvo do devido nomeamento cochichado, como há de ser com esses adultos diferentoões, vem o comentário final:

"Ele eh gordinho..." - solta o riso escondido sob as mãos e me lisongeia pelo diminutivo.

E, ficando muito séria subitamente, complementa em defesa de minha honra: "... mas não pode chamar de baleia ein?!" - e saem as duas ali do enquadramento da janela.

Ah, oito anos... quanta doçura há aí. Toca o bonde, amanhã a lida continua.

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