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terça-feira, 9 de junho de 2020

Pequenices

pudera eu declamar poesia
que fosse além de nosso estar finito,
que alcançasse mais de uma nota,
que cativasse este seu sorriso.

pudera eu me tornar um mago
e com a tristeza num piscar sumir,
trazer a Lua a refletir num lago,
te acarinhar com ela a luzir.

seria poesia o amor cantado,
faria luz onde escuridão,
e nada mais seria apagado,
não perderia nunca tua mão.

e a magia que esta paz enseja
se espalharia pelo mundo afora,
escorregariam por tuas bochechas
um beijo ou dois com sabor de amora.

mas não sou mago,
poeta tampouco,
não há poder neste meu falar.

o que me sobra,
entristecido e rouco,
é esta forma de tentar amar.

se é amor
ou me faço louco,
deixo que o mundo possa julgar.

e se eu choro
e me faço mouco,
espero que o tempo me possa curar.




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