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sábado, 27 de novembro de 2021

Aos mestres, com carinho

 33 anos, um filho e uma vida. 10 anos lecionando. Mas sem nunca esquecer do começo. Obrigado, profes. Todos vcs. Cada palavra de carinho com o menino turrão e teimoso, cada incentivo por meus pequenos avanços, cada desafio que me propuseram dizendo: "vai, pq vc eh capaz!". Cada aula preparada pensando em nós, no que poderíamos ser. Cada respiração mais funda que vocês deram depois de um "não entendi", cada forma nova de ensinar que a necessidade e o afeto lhes impunham e aos quais nunca se negaram. Por cada sermão sobre a importância do estudo, obrigado. 


Obrigado pelas maravilhosas aulas que tive, e que me fizeram  me tornar não soh o professor que sou, mas o homem.


 Obrigado,  Arthur,  por suas provocações ao nosso protagonismo, por sua sã loucura, por sentar na nossa classe e nos dizer: "vai, que a aula hj eh com vcs!". 


Obrigado Dora, por sua seriedade e dedicação, sua exigência de excelência, seu carinho em nos ensinar a sermos bons, não meia-bocas. 


Obrigado, querida e doce Edna, por me mostrar que o português eh mais que um amontoado de regras. 


Obrigado, Laerte, por nos dar aulas de Química depois da aula, por dispor do teu tempo livre, no qual merecidamente poderia nos esquecer, para atender este rapazinho que trabalhava e estudava e era muito mais de humanas do que exatas. 


Obrigado, Luis, por me apresentar à Filosofia. A paixão foi à primeira e segunda vistas. 


Obrigado, Luzia, por acalmar o coração de um menino bravo e arredio, e ainda o ensinar a ler.


Obrigado, minha querida e eterna Sônia, por dar ao sobrinho livros e mais livros de história do ensino médio para seu trabalho de sexta série, poucas vezes recebi um presente tão valioso. 


Fico com meus botões pensando. Será que estes mestres aprovariam meu trabalho? Será que um dia chegarei perto de sua prática ao ponto de cativar meus alunos e que um apareça um dia professor? Será que teriam orgulho do que me tornei, como eu tenho dos meus alunos que galgam os passos no mundo além nós? Não sei... o que sei eh que, formado por eles, e por todos os outros profes que passaram na minha vida, não me dou o direito de dar uma aula mequetrefe. Não posso, se quiser ser digno de sentar à mesa com estas figuras, cair na tentação de culpar o mundo. Sou professor, minha função eh ensinar. E ensinar, como bem aprendi, eh um ato de amor. 


 Aos meus mestres, com carinho, e a todos que seguem ainda tentando. Obrigado. Obrigado. Obrigado.


Nov de 2019, ainda, e sempre, atual. 

Um comentário:

Liliam disse...

E já faz mais de uma década. Parece ontem, parece uma era distante, um mundo a parte, com instantes inesquecíveis!