Comendo o tão desejado "hotdog", que veio falando o caminho todo pós judô, pega a última salsicha, pancinha cheia, recostado na cadeira, e exerce essa condição tão humana de se colocar no lugar do outro:
- Papai, eu tenho pena dos bebês.
Parece realmente satisfeito, a ponto de, ao meu olhar, ele mesmo completar:
- Sabe por quê?
Não sei, o que é?, sinalizo não verbalmente com a pouca energia que me resta pós retorno das aulas presenciais. Vantagens de se conhecer por algum tempo, olhares e caretas resolvem muita coisa.
- Porque eles não tem dentes! E não podem aproveitar as coisas boas da vida! - sorrindo, desencosta da cadeira e se joga a preparar seu último "catdog hotdog cathot" ou o que sair na hora.
- Mas para eles o mama da mamãe deve ser maravilhoso! - pai professor presente, tem q ter a réplica.
- Ah, mas agora eu não acho.
E mete a dentada. Seguimos.
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