Minha guitarra elétrica não veio comigo. Em verdade, nem a tenho. Os quilos da bagagem não excedem o limite desta vez. Sorte que não pesam o passageiro.
Deixo por momentos essa vida que é minha, e retorno ao ninho que já é de outrem. Mas são só falsetes maquiados de categorias sérias. A vida minha é por onde passo, e passam por mim.
Ficam as glórias e os pesares suspensos na poeira decaindo lentamente, duas semanas e se assentam, e tornam a se levantar no frenesi que ultimamente me consome.
Mas são só projeções. A que tenho em primeiro plano é dormir na velha cama, da velha casa, dos velhos pais, das velhas irmãs, dos velhos amigos, dos velhos lugares, da velha vida.
É como vinho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário