Conectados por espaço tardio de tempo. Corredores que cabulam e cabulam pensamentos distantes. Distância é palavra única na pronúncia, significa tanto num suspiro. Falem: dis-tân-cia. É falar para dentro, para onde falta. Mentiras úteis, verdades inconvenientes, tolices da escuridão duma Porto Alegre laranja, salpicada de branco. As luzes podiam se apagar por um momento, nem exijo eternidade. Tudo escuro e quieto, como deve ser o céu. Se o silêncio não vem até mim, eu vou ao silêncio. Silêncio da covardia. Covardia da falta de sentido. Coisas de humano; se em geral ou particular não me importa muito. Quantas vidas seriam necessárias para aprender a viver esta aqui? Percebam a carga. É difícil saber que se morre, com todas as implicações disso. Ínfimo numa eternidade, ínfimo se não houver eternidade, ínfimo de qualquer modo. Poeira do universo, brincando de achar funções. Taça vazia que enche enche enche pra sempre um nada. Mas conectados. Sentimento de Lain. Qual o mundo real? Eu e o silêncio. É uma masmorra. Sem paixão alguma, só silêncio. Que ele dê fruto a estas inconsistências e não a um tratado sobre o conhecimento é sintoma. Ah, coragem. Cadê? E benevolência, justiça, cortesia, sinceridade, lealdade, honra. Benevolência kantiana, se o for. Justiça da indiferença. Cortesia das máscaras ocas. Sinceridade neste texto. Lealdade, mas ao que? Honra, palavra forte. Sentimentos de José.
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