Basta! Basta de teus
olhares, sorrisos e afins,
de análises da doçura
de tua voz
ou da candura de tua
alma.
Basta, que terminem os
poemas, crônicas e cartas de amor,
ou quaisquer gêneros
literários que favoreçam o apreço
ou pelo qual possa
contar uma versão de ti.
Basta, e que todo reino
tenha notícia de que te velo ao invés de desvelar,
encubro tua face e
ignoro tua beleza que nela transcende e te evidencia em meio de tanta
solidão.
Basta, e que meu
coração não me faça um motim,
que coloque num cofre
apertado o que ele chama de amor
e entregue a chave numa
caixa postal aleatória em terras distantes.
Basta-me desse ser
pueril que tudo quer e nem sempre pode,
dessa adolescência
tardia que se propõe e se doa com a facilidade de um abraço.
Basta, que venha o amor
e não arremedos, idealizações ou imagens.
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