26/06/2019
(para a moça e o moço, e seus transparentes porquês)
O mar
O mar bate intrépido na pedra. Irrita-se, em seu bater, por não ceder a dita cuja. De vez em quando, vá lá, lasca algo parecido com areia. Mas como demora!
A pedra
A pedra corajosamente contém as batidas do mar. Irrita-se, em seu conter, por não ceder o dito cujo no seu ir e voltar. De vez em quando, e olhe lá, deixa que lhe transpasse as ondas. Mas como abusam!
A gota
Ela se move sorrateira, já pegou tubo e crista, tem para si que vivera a mais completa e feliz vida que uma gota poderia ter. Agora espera o momento exato para "desafiar" a pedra e tomar-lhe o trono.
O mar
Ele sabe que demora. Mas para si deixa a carranca de lado e se orgulha das belas areias que milenarmente produz, e das formas únicas que esculpe na pedra.
A pedra
Nem mesmo um tsunami arredaria aquela pedra, orgulhosa demais por sua desconstrução firme e contínua daquele mundo de água.
A gota
Chega o momento, ela faz pose, grita uma palavra de ordem qualquer, posa para a câmera e splash, da de cara com a pedra e morre com a honra de uma guerreira.
...
Como pode gostar tanto? Maresia.
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